Grampo pode ter sido no telefone de Dilma
As últimas jogadas indicam o seguinte:
Fator 1 – O grampo da presidente.
É o ápice da escalada da Lava Jato, que começou há cerca de um mês. Agora é o divisor de águas definitivo. A Lava Jato se despe de vez da estratégia de aparentar legalidade e exigirá uma tomada de decisão drástica não apenas do governo, mas dos órgãos superiores da magistratura e do Ministério Público.
No final do dia, o juiz Sérgio Moro tentou se isentar, informando que foi realizado duas horas após ele ter determinado a suspensão dos grampos (http://migre.me/tfzlu). Por outro lado, as informações da Globonews dão conta que o próprio Moro liberou as gravações.
A alegação da Polícia Federal foi que
“Até o cumprimento da decisão judicial pela companhia telefônica, foram interceptadas algumas ligações
As dúvidas sobre a Operação Norbert, que pegou Aécio
QUA, 16/03/2016 - 12:36
ATUALIZADO EM 16/03/2016 - 14:07
A minuciosa reportagem de Diego Escosteguy na revista Época - sobre as contas de Aécio Neves em Liechtenstein – peca em alguns detalhes importantes.
A primeira, ao informar que em 2009 os procuradores decidiram não aprofundar as investigações:
“De posse do material recolhido e analisado pela PF, e ciente também das revelações do ex-funcionário do LGT, o Ministério Público Federal decidiu não aprofundar as investigações. Em 20 de abril de 2009, os procuradores Fábio Magrinelli e Marcelo Miller ofereceram denúncia apenas contra os três integrantes da família do patriarca Muller, que morrera recentemente”.
Não aprofundaram porque bateram em Aécio Neves, que tinha foro privilegiado. Em vista disso em 2010 enviaram ação penal 209.51.01.813801-0 para a Procuradoria Geral da República (PGR) – na época presidida por Roberto Gurgel.
A reportagem não avança sobre o que ocorreu na PGR depois de recebida a denúncia.
Rodrigo Janot assumiu o cargo de PGR em 17 de novembro de 2013. Até o jantar de posse de Dilma Rousseff – em 1o de janeiro de 2015 – aparentemente a ação penal não havia andado. Na conversa que tivemos, no início Janot sequer se lembrava da ação penal. Depois lembrou-se e garantiu que daria andamento até abril.
Pode ser que não quisesse avançar informações sobre investigação sigilosa. Pode ser que a investigação sequer tivesse iniciado. Agora que o caso deixou de ser sigiloso, o PGR poderá esclarecer os pontos obscuros e comprovar se o MPF prosseguiu ativamente na tarefa de investigar Aécio.
Nota-se que todas as informações da Época tomam por base o relatório da Polícia Federal na época e nenhum fato novo proveniente de investigações atuais do MPF.
PGR já tem todos os dados sobre conta de Aécio em paraíso fiscal
QUA, 16/03/2016 - 06:45
Não é novidade para o Procurador Geral da República Rodrigo Janot a informação que consta da delação do senador Delcídio do Amaral, de que o também senador Aécio Neves mantém uma conta em Liechenstein em nome da própria mãe.
O Blog deu todos os dados, em um post de 2 de janeiro de 2015 (http://migre.me/teLlF). Nele se conta a história da Operação Norbert deflagrada em 8 de fevereiro de 2007 no Rio de Janeiro.
Em 8 de fevereiro de 2007 foi deflagrada a Operação Norbert, visando apurar denúncias de lavagem de dinheiro na praça do Rio de Janeiro. Conduzida por três jovens brilhantes procuradores - Marcelo Miller, Fabio Magrinelli e José Schetino - foi realizada uma operação de busca e apreensão nos escritórios de um casal de doleiros do Rio de Janeiro.
No meio da operação, os procuradores se depararam com duas bombas.
A primeira, envolvia o corregedor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Carpena do Amorim.
Carpena foi peça central no assassinato de reputação da juíza Márcia Cunha, trabalhando em parceria com a Folha de S. Paulo no período em que o jornal se aliou a Daniel Dantas. Coube a Carpena endossar um dossiê falso preparado por um lobista ligado a Dantas, penalizando uma juíza séria.
Ao puxar o fio da meada de uma holding, os procuradores toparam com Carpena. O caso foi desmembrado do inquérito dos doleiros, tocado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e resultou na condenação do ex-juiz a três anos e meio de prisão.
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