sábado, 1 de abril de 2017

Pedro ou Tiago

O primeiro líder da igreja foi Pedro ou Tiago?

“É correto dizer que Pedro foi o líder da Igreja Primitiva ou essa função foi de Tiago?”
O primeiro líder da igreja foi Pedro ou TiagoPor ocasião da 18ª Jornada Mundial da Juventude, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, o Papa Francisco deu início ao seu discurso de boas vindas com as seguintes palavras: “Quis Deus na sua maravilhosa providência que na primeira viagem internacional do meu Pontificado me consentisse voltar à amada América Latina, precisamente ao Brasil, nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro. Dou graças a Deus pela sua benignidade” (os itálicos são meus).
O que faz o Papa acreditar de fato no mito de que é o sucessor de Pedro? Essa semana na minha unidade da escola sabatina,enquanto acompanhava a explanação do assunto pelo meu amado irmão Célio esse tema veio à baila. Portanto resolvi postar esse artigo do que não é de minha autoria,mas fiz algumas pesquisas e coloquei alguns pontos de visto próprio, espero que consiga trazer mais luz a esse assunto às vezes controvérsio. Encontramos ao todo na Bíblia pelo menos 10 passagens que indicam ser Tiago e não Pedro a grande liderança Da igreja.
2. Leia 1 Coríntios 15:5-7 e Atos 1:14. O que esses textos nos dizem sobre as mudanças que aconteceram com Tiago?
Jesus apareceu a muitas pessoas após Sua ressurreição, incluindo Pedro e “os Doze” (menos Judas Iscariotes). Depois apareceu a mais de quinhentas pessoas ao mesmo tempo. Tiago, aparentemente, não estava nessa reunião com as mais de
quinhentas pessoas. Jesus apareceu a ele em separado, e essa aparição deve ter sido especial, porque foi mencionada especificamente. A Bíblia não diz o que aconteceu nesse encontro. Porém, isso deve ter causado um grande impacto sobre ele,
porque Tiago se tornou um fiel seguidor de Jesus e um influente líder da igreja.
O que mais sabemos sobre Tiago? At 12:16, 17; 15:13, 14, 19; At 21:17-19; Gl 1:18, 19; 2:9
Tiago se tornou rapidamente líder da igreja em Jerusalém. Após ser resgatado da prisão pelo anjo (em 44 d.C.), Pedro queria que Tiago soubesse o que tinha acontecido com ele (At 12:17). Cinco anos depois, Tiago presidiu o Concílio de Jerusalém
e anunciou sua decisão. Paulo o mencionou primeiro, antes de Pedro e João, em sua lista das “colunas” em Jerusalém (Gl 2:9). Vários anos depois desse acontecimento (58 d.C.), quando Paulo levou para os pobres de Jerusalém a coleta de diversas igrejas, os delegados de cada igreja colocaram as ofertas aos pés de Tiago (leia, de Ellen G. White, Sketches From the Life of Paul [Esboços da Vida de Paulo], p. 208, 209).
Tiago parece ter recebido alta consideração durante muitas décadas após a morte dos apóstolos. Na verdade, havia tantas lendas sobre sua piedade que ele é lembrado como “Tiago, o Justo”. Assim, apesar de ter começado com grande dúvida
sobre Jesus, Tiago acabou sendo um gigante espiritual na igreja primitiva.A crença católica se fundamenta na tradição de que o apóstolo Pedro supostamente teria sido o primeiro líder da Igreja, consequentemente o primeiro Papa. A tradição católica defende que o apóstolo Pedro, logo após o término do seu episcopado em Antioquia, se tornou o primeiro bispo de Roma. Para a doutrina católica, Pedro teria ido a Roma logo após a sua libertação da prisão em Jerusalém (Atos 12) e tempos depois teria voltado para participar nessa mesma cidade do primeiro Concílio da Igreja.
Sem dúvida, essa é a principal excrescência do catolicismo romano. A razão é bastante simples: de acordo com a Bíblia, Tiago e não Pedro foi quem liderou a igreja apostólica nos seus primórdios. De acordo com a Enciclopédia Virtual Wikipedia, “Tiago, o justo, morto em 62 d.C., também conhecido como Tiago de Jerusalém, Tiago Adelfo ou ainda Tiago, o irmão do Senhor, foi uma importante figura nos primeiros anos do cristianismo. Tiago, o Justo, era o líder do movimento cristão em Jerusalém nas décadas seguintes à morte de Jesus”.
Da fato, o livro de Atos dos apóstolos põe em evidência essa liderança de Tiago na Igreja Primitiva: “Então toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios. E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Homens irmãos, ouvi-me: Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome. E com isto concordam as palavras dos profetas: como está escrito: Depois disto voltarei, e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, levantá-lo-ei das suas ruínas, e tornarei a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque ao Senhor, e todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas as coisas, conhecidas são a Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras. Por isso julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus. Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da fornicação, do que é sufocado e do sangue” (Atos 15.12-20).
O próprio Pedro reconhece esse fato quando, logo após a sua libertação da prisão, manda comunicar o fato a Tiago: “Ele, porém, fazendo-lhes sinal com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão e acrescentou: Anunciai isto a Tiago” (Atos 12.17).
Esse posto de proeminência de Tiago na igreja apostólica também é documentado por Josefo, um dos grandes historiadores da igreja e contemporâneo dos cristãos primitivos. Na sua Magnus Opus, a obra História dos Hebreus (publicada no Brasil pela CPAD), Josefo mostra como até mesmo as autoridades viam em Tiago a liderança da igreja apostólica.
Após falar de Anano, um dos líderes da seita dos saduceus, Josefo escreve: “Ele aproveitou o tempo da morte de Festo, e Albino ainda não havia chegado, para reunir um conselho diante do qual fez comparecer Tiago, irmão de Jesus chamado Cristo, e alguns outros; acusou-os de terem desobedecido à leis e os condenou ao apedrejamento. Esse ato desagradou muito a todos os habitantes de Jerusalém, que eram piedosos e tinham verdadeiro amor pela observância das nossas leis”.
Ficamos, portanto, com a verdade bíblica e as palavras do ex-sacerdote católico Aníbal Pereira dos Reis: “Pedro nunca foi papa e nem o Papa é Vigário de Cristo”.
Por, José Gonçalves.

3 comentários:

  1. colocando desta maneira, qualquer um poderia ter sido o líder da igreja, quando não se pode provar, apenas supor, que Jesus tenha aparecido em particular a Thiago, até Judas poderia caso não tivesse se matado, ''texto fora do contexto é pretexto para heresia''

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  2. "...Tiago, o irmão do Senhor, a quem os apóstolos tinham confiado o trono episcopal de Jerusalém. ... Sucessor na direção da Igreja é, junto com os apóstolos, Tiago, o irmão do Senhor...."
    (Fonte: História Eclesiástica, de Eusébio de Cesaréia)

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  3. “Ora, dado que seria demasiado longo… enumerar as sucessões de todas as Igrejas, tomaremos a máxima igreja, muito antiga e conhecida de todos, fundada e construída em Roma pelos dois gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo; mostraremos que a tradição que ela tem, dos mesmos, e a fé que anunciou aos homens, chegaram até nós por sucessões de bispos”… Porque, é com esta Igreja (de Roma), em razão de sua mais poderosa autoridade de fundação, que deve necessariamente concordar toda a Igreja… na qual sempre se conservou a tradição que vem dos Apóstolos ... Depois de ter fundado e edificado a Igreja, os bem-aventurados apóstolos transmitiram a Lino o cargo do episcopado… Anacleto o sucedeu. Depois, em terceiro lugar a partir dos apóstolos, é a Clemente que cabe o episcopado. Ele tinha visto os próprios apóstolos, estivera em relação com eles; sua pregação ressoava-lhe aos ouvidos; sua tradição estava presente ainda aos seus olhos. Aliás ele não estava só, havia em sua época muitos homens instruídos pelos apóstolos… " Os escritos acima do Apostolo Tiago, reprisa o episcopado em Jerusalém, assim como tinha outros bispos em outros lugares, não da Igreja Inteiro, isso cabe ao episcopado em Roma, conforme relatado acima.
    (Fonte: História Eclesiástica, de Eusébio de Cesaréia)

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