Olá amiguinhos do primeiro ano,aqui vão algumas informações que deveram lhe ajudar para estudar para as próximas avaliações que teremos sobre Roma, faça todas as anotações possíveis e bom estudo. Prof. Irany Dicaprio
Queda do Império Romano ou Queda de Roma) foi o processo de declínio do Império Romano do Ocidente, quando ele não conseguiu mais impor seu domínio e seu vasto território foi dividido em várias comunidades políticas sucessoras. O Império Romano perdeu as forças que permitiram-lhe exercer um controle efetivo de grande parte da Europa, do Norte da África e do Oriente Médio.
Historiadores modernos mencionam como fatores que causaram a decadência do Império a eficácia e os números do exército romano, a saúde e os números da população romana, a força da economia, a competência do Imperador, as mudanças religiosas do período e a eficiência da administração civil. A crescente pressão dos "bárbaros", povos que estavam fora da cultura greco-romana, também contribuiu grandemente para o colapso da civilização romana. As razões para a queda são um dos principais temas da historiografia do mundo antigo e fornecem um grande discurso moderno sobre o fracasso do Estadoenquanto entidade política.[1][2]
As datas relevantes incluem o ano de 117 d.C, quando o Império estava em sua maior extensão territorial e à adesão de Diocleciano em 284. A perda territorial considerável e irreversível, no entanto, começou em 376, com uma irrupção em larga escala de godos e outros povos bárbaros. Por 476, quando Odoacro depôs o imperador Rómulo Augusto, o Imperador Romano do Ocidente exercia poder militar, político ou financeiro insignificante e não tinha o controle efetivo sobre os dispersos domínios ocidentais que ainda poderiam ser descritas como romanos.
Os invasores "bárbaros" tinham estabelecido seu próprio domínio na maior parte da área do então Império Ocidental. Apesar da sua legitimidade ter durado muitos séculos e sua influência cultural permanecer até hoje, o Império do Ocidente nunca teve força suficiente para se reerguer. A queda não é o único conceito unificador para esses eventos; o período descrito como a Antiguidade Tardia enfatiza as continuidades culturais ao longo e além do colapso político.
Abordagens históricas[editar | editar código-fonte]
Desde 1776, quando Edward Gibbon publicou o primeiro volume de A História do Declínio e Queda do Império Romano, Declínio e Queda tem sido os temas em torno dos quais grande parte da história do Império Romano foi estruturada. "A partir do século XVIII em diante", escreveu o historiador Glen Bowersock, "temos sido obcecados pela queda: que tem sido valorizada como um arquétipo para cada queda percebida e, portanto, como um símbolo para os nossos próprios medos".[3]
Período de tempo
A queda não é o único conceito unificador da decadência da civilização romana; o período descrito como a Antiguidade Tardia enfatiza as continuidades culturais ao longo e além do colapso. A política de controle político centralizado no Ocidente e o poder diminuído do Oriente são universalmente aceitos como fatores preponderantes, mas o tema do declínio foi tomado para cobrir um intervalo de tempo muito mais amplo do que os cem anos a partir de 376. Gibbon começou sua história em 98 e Theodor Mommsenconsiderada a totalidade do período imperial como indigno de inclusão em sua obra vencedora do Prêmio Nobel História de Roma. Arnold J. Toynbee e James Burkeargumentam que todo o período imperial foi uma constante decadência das instituições fundadas nos tempos republicanos. Como um marcador conveniente para o fim, 476 tem sido o ano usado desde Gibbon, mas outros marcadores incluem a Crise do Terceiro Século, a Travessia do Reno em 406 (ou 405), o saque de Roma em 410 e a morte de Júlio Nepos em 480, que pavimentaram o caminho para a Queda da Nova Roma, em 1453.[4]
Razões
Gibbon deu uma formulação clássica (agora desatualizada) das razões pelas quais o colapso romano aconteceu. Ele começou com uma controvérsia sobre o papel do cristianismo, mas deu grande peso a outras causas de declínio interno e ataques de fora do Império.
“ | A história de sua ruína é simples e óbvia; e, em vez de indagar os porquês da destruição do Império Romano, deveríamos ficar um pouco mais surpresos sobre como ele durou por tanto tempo. As legiões vitoriosas, que, em guerras distantes, adquiriram os vícios de estrangeiros e mercenários, primeiro oprimiram a liberdade da república e depois violado a majestade da dignidade real. Os imperadores, ansiosos pela sua segurança pessoal e a paz pública, foram reduzidos ao expediente de corromper a base da disciplina que lhes rendeu a sua formidável soberania e ao seu inimigo; o vigor do governo militar estava relaxado e, finalmente dissolvido, pelas instituições parciais de Constantino; e o mundo romano foi esmagado por um dilúvio de bárbaros. | ” |
—Edward Gibbon, O Declínio e Queda do Império Romano, "Observações gerais sobre a queda do Império Romano no Ocidente", Capítulo 38
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Alexander Demandt enumerou 210 teorias diferentes sobre por que Roma caiu e novas ideias surgiram desde então. Os historiadores ainda tentam analisar as razões para a perda de controle político sobre um vasto território (e, como um tema subsidiário, as razões para a sobrevivência do Império Romano do Oriente). Comparações também são feitas com o Império Chinês, o que restabeleceu a sua "Grande Unidade" enquanto o mundo mediterrâneo permaneceu politicamente desunido até o presente.[5][6]
Crescimento do cristianismo
Uma das questões sociológicas muito debatidas ao longo da história é a questão de saber se o cristianismo contribuiu ou não para a queda do Império Romano do Ocidente. Santo Agostinho, pensador e religioso cristão do século V, refutava esta conexão. Já Edward Gibbon e David Hume, propagadores da ideologia antirreligiosa do iluminismo no século XVIII, acreditavam nessa conexão. O cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano em 380, com o imperador Teodósio I. O Império Romano do Ocidente cairia cerca de 100 anos depois. Entre os séculos II e III, nos quais o cristianismo ganhou mais adeptos entre os Romanos, o Império começou a sentir os sinais da crise: foi-se diminuindo o número de escravos e ocorreram rebeliões nas províncias, anarquia militar e as invasões bárbaras.
Quando se fala em "sinais da crise" que estariam pretensamente relacionados ao cristianismo, na verdade se fala de um período extremamente conturbado, no qual o Império chegou a estar muito perto da derrocada. Por volta de 285, o imperador Diocleciano salvou o Império Romano do colapso, dando, a ele, um último fôlego. Tudo isso já ocorria numa época em que os cristãos eram somente uma minoria marginalizada. A tentativa de responsabilizar o cristianismo pelos fortes problemas vividos em Roma durante os séculos II e III fica bastante enfraquecida quando se percebe que, mesmo no início do século IV, apenas cinco a sete por cento dos romanos tinham se tornado cristãos; quase todos eles na parte Oriental do império, exatamente o lado que permanecera mais forte e estruturado durante a crise. Além disso, mesmo na época da queda definitiva de Roma, o lado oriental continuava sendo o mais cristianizado. E foi esse lado mais cristão que sobreviveu na forma posteriormente conhecida como Império Bizantino.
Se a Igreja tivera reticências ao serviço militar nos tempos da perseguição, a partir do momento que o império se tornou cristão, passou a considerar um crime grave alguém furtar-se ao seu dever. A pena por deserção no exército era ser queimado a fogo lento. A Igreja tornou-se, então, fervorosamente patriótica e romana a ponto de desgostar um neopagão como o imperador Juliano, o Apóstata, que achava que os cristãos só deviam poder ensinar coisas relacionadas com o cristianismo e não cultura clássica. De certa maneira, a Igreja Católica aumentou a força do império.
Um outro argumento que se apresenta normalmente é que, enquanto o Império pagão fora tolerante, o cristianismo era intolerante, perseguindo pagãos, cristãos considerados heréticos e judeus. Roma, de fato, fora, no início do cristianismo, relativamente tolerante - se perseguira, pontualmente, grupos como os cristãos, fora por motivos muito específicos. A recusa dos cristãos em aceitar o culto da divindade do imperador foi, com toda a probabilidade, a base jurídica das perseguições que se seguiram.[32] A devoção monoteísta dos cristãos e sua rejeição aos rituais tradicionais deram os motivos adicionais.[33] Depois das dificuldades do século III, vários imperadores procuraram centralizar mais o Estado, obter um maior controle dos cidadãos para que, deste modo, fosse mais fácil mobilizar recursos humanos e financeiros para defender o fragilizado império, e unificar o império em torno de uma ideologia. Com Constantino I, o cristianismo obteve esse monopólio.
476: Último Imperador
Quando o último imperador romano do Ocidente, Rômulo Augusto, foi deposto em 476, por um grupo de mercenários, poucos territórios (e tropas) restavam ao seu serviço. Os comandantes e chefes que tentavam manter o Estado Romano nos últimos anos também eram, na maioria dos casos, de origem bárbara. Só faltava que um decidisse tomar a púrpura, coisa que não sucedeu.
O imperador deposto, Rômulo Augusto, era filho de um general de origem bárbara, Orestes, que havia servido antes a Átila, o Huno, e havia obtido o trono graças ao pai que havia derrubado o último imperador legítimo, Júlio Nepos, que porém manteve sua autoridade sobre a Dalmácia.
Os aliados de Orestes (hérulos e rúgios) depois se desentenderam com seu patrono e, sob as ordens de Odoacro, depuseram Rômulo Augústulo. Observa-se que a deposição do último imperador não foi um acontecimento repentino e que trouxesse mudança social drástica, mas sim foi o resultado de um longo processo que se desenrolava há quase um século.
Convencionou-se esta data como o fim da Antiguidade, mas é provável que poucos naqueles anos considerassem aquele fato como o fim de uma era. Muito diferente, portanto, de outros marcos da história como, por exemplo, a Tomada da Bastilha durante a Revolução Francesa.
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