segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Extermínio dos incas


O grandioso império Inca, no qual na época dos colonizadores havia cerca de 12 milhões de cidadãos (nunca chame um Inca de índio ele detesta, pois eles não se julgam índios eles eram uma civilização), em quanto na Europa havia apenas 7 milhões, mas que com a ignorância conseguiram destruir o império mais organizado e civilizado do novo mundo.

Claro que livros de história que representam os pensamentos de padres, europeus e colonizadores, falam o contrário, pois eles detestariam ser comparados, e até mesmo inferiorizados a uma cultura desconhecida, que era mais rica e mais organizada que a européia, não há no mundo um relato de um Inca que descreveu sua dor ao ser obrigado a deixar sua casa, seu império, e até mesmo, há ver seu Imperador que ele tratava como um deus ser morto a sua frente, e a ser obrigado a trabalhar para um rei ou um Deus que ele nem ao menos havia visto ou ouvido falar.

E frases como essa de um padre franciscano somos obrigados a ler em livros de história: “Assim posso afirmar que Deus nunca criou raça mais cheia de vícios e bestialidade, sem mistura alguma de bondade e de cultura.(...) Os índios são mais idiotas do que asnos, e não querem fazer esforço no que quer que seja."
Este foi o homem que com menos de 170 soldados sob seu comando derrotou todo um exército inca. Tendo chegado ao novo mundo em 1502, participou da expedição de Vasco Nunes de Balboa que descobriu o Oceano Pacífico a partir do Panamá e descobriu o Peru em 1527 baseado nas informações de índios panamenhos que lhe descreveram a existência de um reino dourado ao sul.
Em maio de 1532 fundou o núcleo colonial de San Miguel, e a partir daí começou a agir. Os índios locais disseram que o novo soberano Atahuallpa encontrava-se na cidade montanhosa de Cajamarca, cerca de 560Km à sudeste.
Com apenas 177 homens, começou a marchar. No meio do caminho percebeu certa excitação entre os homens. Suspendendo a marcha anunciou que todos aqueles que pretendiam voltar o fizessem imediatamente "Ele prosseguiria na sua conquista", acrescentou "com os que restassem, fossem eles muitos ou poucos. Nove soldados afastaram-se, e o pequeno exército continuou, reduzido a 106 peões e 62 cavaleiros, mas com o moral mais elevado.

Alguns dias mais tarde, Pizarro recebia um emissário do próprio Atahuallpa, com presentes e uma menssagem surpreendentemente amigável: Atahuallpa saudava os visitantes e esperava recebê-los nos seus alojamentos nas montanhas.
Em 15 de novembro de 1532, o exército de Pizarro vergando sob o peso das armaduras no ar rarefeito dos Andes avistaram a planície de Cajamarca, que parecia um tabuleiro de xadrez e viram que duas fortalezas protegiam a cidade, uma na praça central e outra, em forma de espiral, nos limites da cidade. Atahuallpa havia evacuado a cidade e acampara 5Km a sul onde milhares de tendas pontilhavam o vale. Nesse momento, os espanhóis aperceberam-se de sua incrível inferioridade numérica. Era demasiado tarde para voltar.
Nesse mesmo dia, Pizarro enviou 20 cavaleiros para saudarem o Inca em seu nome. De Soto e seus homens lançaram-se a galope pelo acampamento dos indígenas pasmos, já que nunca tinham visto um cavalo.

Quando De Soto, através de um intérprete o convidou a visitar Pizarro, o impenetrável Inca não respondeu nem levantou os olhos para o capitão. Segundo um relato, De Soto, furioso, esporeou o cavalo, fazendo-o avançar até que o bafo do animal agitou a borla vermelha do toucado de Atahualpa. Este não se mexeu (mais tarde, porém mandaria decapitar os guarda-costas que tinham recuado aterrorizados face aquele monstro junto deles).
O impasse foi resolvido graças à chegada de um diplomata mais experiente, Hernando Pizarro.

Além disso tal como os astecas no México, os incas também tinham um deus branco, Viracocha, que desaparecera no mar. Seriam esses estranhos invasores emissários de Viracocha que agora regressava ao Peru?

Quando ao meio-dia de 16 de novembro, os incas começaram a sair do acampamento de Atahualpa, o número de guerreiros reunidos na planície pareceu a um observador horrorizado, serem pelo menos 50 000! À entrada da cidade Atahualpa deteve-se de novo e ponderou se deveria ou não entrar. Após novo convite de Pizarro, os 6000 homens da primeira leva inca penetraram na cidade.

Quando quase ao pôr do sol, o Inca chegou "Vinha primeiro um esquadrão de guerreiros vestindo uniformes de cores várias, como um tabuleiro de xadrez", escreveu Xeres, secretário de Pizarro. Seguiam-nos três esquadrões de uniformes diferentes, cantando e dançando. A seguir vinha a elite do exército inca, tinham armadura metálica, com coroas de ouro e prata. Atahualpa encontrava-se entre estes homens numa liteira forrada de penas de arara e ornada de ouro e prata e transportada aos ombros por grande número de incas.

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