quinta-feira, 28 de abril de 2016

Origens do islamismo

Origens do Islamismo

Islamismo originou-se nas redondezas da cidade de Meca, na atual Arábia Saudita, por volta do ano 600 d.C. Naquela época, um pequeno mercador chamado Maomé relatou que, em um de seus retiros espirituais, recebeu a palavra divina através do anjo Gabriel, que lhe revelou a existên­cia de um único Deus (chamado Alá), criador do mundo e juiz de todos os homens. Disse ainda que o Paraíso só seria atingido pelos homens que amassem a esse Deus com sinceridade absoluta, a ele dirigissem suas preces diárias e praticassem a caridade por toda a vida.
Maomé realizava a pregação do islamismo especialmente no povoado em que vivia, Meca, que nessa época era o centro de cultos politeístas e para onde se dirigiam milhares de peregrinos to­dos os anos. A nova religião pregada por Maomé era monoteísta e, por isso, ameaçava essas cren­ças, pondo em risco os negócios dos comerciantes locais. Por isso, Maomé passou a ser perseguido e ameaçado de morte. Para proteger-se, fugiu para um povoado vizinho, chamado Iatrebe, onde con­quistou proteção e apoio popular. Logo conseguiu unificar e chefiar várias tribos regionais, criando um poderoso exército.
O exército de crentes formado por Maomé pas­sou a atacar caravanas que se dirigiam a Meca, en­riquecendo e ampliando seu poder. As constantes vitórias fortaleceram a unidade do grupo e chama­ram a atenção de novas tribos, facilitando a expansão do islamismo. Maomé fundou, então, o Islão, um Estado teocrático, com sede na cidade de Iatrebe, que passou a ser chamada de Medina (Cidade do Profeta). Foi a partir dessa época que o termo islamita começou a designar a pessoa que vive no Islão e segue a religião islamita, e o termo muçulmano, a significar aquele que é fiel e se submete ao islamismo.
Meca
Dentre os rituais seguidos pelos que fazem a peregrinação à cidade de visita ao santuário em forma de cubo conhecido como Caaba, local existente desde a época de Maomé.
Maomé foi o construtor da primeira mesquita, es­tabeleceu a cobrança do dízimo entre os crentes e es­creveu os princípios doutrinários do islamismo num livro chamado Corão. O Corão é considerado depo­sitário direto das palavras de Deus, ditadas a Maomé por um anjo. Seu credo, baseado na Lei Islâmica (Sharí’a) é constituído por seis normas básicas, co­nhecidas como os pilares do islamismo. São elas:
  • Shahada – a constante confissão de fé;
  • Salat – o culto através das preces, cinco vezes ao dia;
  • Zakat – os atos de caridade através da esmola e do dízimo;
  • Hadj – a peregrinação dos homens a Meca ao me­nos uma vez na vida;
  • Saum – o jejum no Ramadã (mês sagrado do ca­lendário muçulmano);
  • Jihad – a guerra santa.
Apesar das regras básicas, com o passar do tem­po surgiram pequenas diferenças ritualísticas e interpretativas que sepa­raram os seguidores do islamismo em diversos grupos, sem, no entanto, quebrar sua unidade cultural e reli­giosa. Destacam-se, entre essas dife­rentes vertentes, dois grupos:

Sunitas (fiéis, à tradição)

Formam o grupo mais numeroso do islamismo nos dias de hoje. São aqueles que seguem a Sunnan, ou seja, a práti­ca do profeta. Segundo os sunitas, as palavras e os atos de Maomé devem ser seguidos durante toda a vida. Os muçulmanos sunitas ca­racterizam-se por sua moderação política e pelo forte senso comuni­tário.

Xiitas (seguidores de Ali)

Surgiram após a morte do quarto califa (primo e genro de Maomé, chamado Ali). Após sua morte no ano de 656, teve início a divergên­cia que até hoje separa esse grupo dos sunitas. Os xiitas passaram a acreditar que somente os descen­dentes de Ali tinham o direito de dirigir a comunidade islâmica, pois Maomé teria revelado para ele os profundos segredos dos ver­sos do Corão, que desde então te­riam passado de um imã para ou­tro. O imã, divinizado pelos xiitas, é considerado infalível e portador da luz divina. Entre os xiitas, são comuns os rituais carregados de emoção e autoflagelação, pois con­sideram o sofrimento como bené­fico para a alma. Já para os sunitas, essa prática é inadmissível, sendo seus rituais e preces endereçados diretamente a Alá.

Primeiro reinado

A partir do ano de 1822, o Brasil se transformou em uma nação independente após a declaração de independência realizada pelo então príncipe regente Dom Pedro I. Ao contrário das outras independências acontecidas na América, o Brasil não realizou uma ruptura definitiva com os representantes do governo colonial. Em outras palavras, fizemos uma independência “pelo rei” e não uma independência “contra o rei”.
Isso aconteceu no Brasil porque a nossa independência não aconteceu através da mobilização das classes populares ou pela maioria da população brasileira. Nesse tempo, devemos lembrar que mais de oitenta por cento dos habitantes do território brasileiros eram escravos e eles não tinham nenhum tipo de participação política real. Sendo assim, os apoiadores de nossa independência foram os membros da elite que desejavam manter a escravidão, a grande propriedade e a exportação de produtos agrícolas em nosso país.
Assim que a independência foi efetivada, Dom Pedro I, nosso primeiro governante, teve que enfrentar a resistência de algumas províncias em que havia tropas ainda fiéis aos interesses de Portugal. Isso exigiu que o governo brasileiro gastasse recursos com a contratação de mercenários ingleses que lutariam contra tais opositores ao processo de independência brasileiro. 
Enquanto tais problemas eram resolvidos, já se colocava a necessidade de se discutir e elaborar a primeira constituição do Brasil. A constituição era algo de suma importância, pois ela concentraria as mais importantes leis que organizaria o poder político, o papel das autoridades e os direitos a serem desfrutados pelo cidadão. Vista tal importância, foi então que, no ano de 1822, foi realizada uma eleição para a escolha dos representantes políticos das províncias brasileiras que discutiriam a primeira constituição brasileira.
O resultado das discussões feitas por essa assembleia deu origem ao projeto da constituição que fora apresentado no ano de 1823. Essa primeira constituição, antes que fosse efetivamente aprovada, passou pela apreciação do imperador Dom Pedro I. O resultado da observação feita pelo nosso primeiro imperador não foi nada positiva. Afinal de contas, o projeto da constituição de 1823 limitava os poderes do imperador e dava muita autonomia para as províncias.
Insatisfeito com isso, Dom Pedro I ordenou que a assembleia constituinte fosse fechada e não aceitou nenhuma das determinações do primeiro projeto constitucional. Logo em seguida, convocou um grupo de conselheiros que, sob o seu comando, discutiu uma outra constituição que atendesse aos seus interesses. Foi assim que, no ano de 1824, o imperador impôs uma constituição sem o apoio político de representantes de outras províncias.
Já no começo de seu governo, Dom Pedro I se mostrou como um imperador excessivamente autoritário. Não por acaso, naquele mesmo ano, ocorreu na região nordeste uma grande revolta que ficou conhecida como a Confederação do Equador. Os participantes dessa revolta, insatisfeitos com as primeiras medidas do imperador, lutaram em favor da formação de um país independente composto por várias províncias do nordeste brasileiro.
A rebelião foi punida com o uso da força, o que acabou só piorando a fama de autoritário de D. Pedro I. Não bastando isso, o imperador também foi criticado por aceitar o pagamento de uma indenização para que Portugal reconhecesse a independência brasileira. Logo em seguida, as críticas ao seu governo só pioraram no momento em que ele acompanhou e interferiu na disputa política pela sucessão do trono de Portugal. Tal postura fazia com que muitos desconfiassem do comprometimento do imperador para com as questões nacionais.

As revoltas no territórioBrasileiro e Abdicação do Trono de D. Pedro I

Confederação do Equador (1824)
As atitudes de D. Pedro I foram consideradas autoritárias por alguns liberais da época, a exemplo de Cipriano Barata e Frei Caneca, favoráveis a um sistema republicano com poder descentralizado. O descontentamento transformou-se em revolta e explodiu quando o imperador nomeou, em julho de 1824, um novo presidente para a Província de Pernambuco, fato que desagradou as lideranças políticas locais, sobretudo as de Olinda e Recife, centros do movimento. O principal líder da revolta foi justamente o governador destituído, Manuel de Carvalho Pais de Andrade.
Essa Constituição estabeleceu o chamado voto censitário, ou seja, o direito ao voto dependia da renda : anual. O mesmo critério valia para quem quisesse ser candidato. Resultado: a maioria da população continuava sem participar. No mais, a Constituição criou 4 poderes:
Judiciário: composto por juízes nomeados pelo : imperador;
Legislativo: composto por políticos responsáveis pela elaboração de leis: deputados (mandato de 3 anos) e : senadores (mandato vitalício);
Executivo: composto por ministros de Estado nomeados pelo imperador, que cuidavam da administração pública e cumpriam as leis;
Moderador: exclusivo do imperador, concedia a este plenos poderes para intervir nos demais, devendo para isso consultar o Conselho de Estado, órgão composto por membros vitalícios 
nomeados pelo próprio imperador.

Independencia do Brasil

Independência do Brasil ocorreu em 7 de setembro de 1822. A partir desta data o Brasil deixou de ser uma colônia de Portugal. A proclamação foi feita por D. Pedro I as margens do riacho do Ipiranga em São Paulo.

Causas:

- Vontade de grande parte da elite política brasileira em conquistar a autonomia política;

- Desgaste do sistema de controle econômico, com restrições e altos impostos, exercido pela Coroa Portuguesa no Brasil;

- Tentativa da Coroa Portuguesa em recolonizar o Brasil.

Dia do Fico

- D. Pedro não acatou as determinações feitas pela Coroa Portuguesa que exigia seu retorno para Portugal. Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro negou ao chamado e afirmou que ficaria no Brasil.

Medidas pré independência:

Logo após o Dia do Fico, D. Pedro I tomou várias medidas com o objetivo de preparar o país para o processo de independência:

- Organização a Marinha de Guerra

- Convocou uma Assembleia Constituinte;

- Determinou o retornou das tropas portuguesas;

- Exigiu que todas as medidas tomadas pela Coroa Portuguesa deveriam, antes de entrar em vigor no Brasil, ter a aprovação de D. Pedro.

- Visitou São Paulo e Minas Gerais para acalmar os ânimos, principalmente entre a população, que estavam exaltados em várias regiões.

A Proclamação da Independência

Ao viajar de Santos para São Paulo, D. Pedro recebeu uma carta da Coroa Portuguesa que exigia seu retorno imediato para Portugal e anulava a Constituinte. Diante desta situação, D. Pedro deu seu famoso grito, as margens do riacho Ipiranga: “Independência ou Morte!”

Pós Independência

- D. Pedro I foi coroado imperador do Brasil em dezembro de 1822;

- Portugal reconheceu a independência, exigindo uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas;

- Em algumas regiões do Brasil, principalmente no Nordeste, ocorreram revoltas, comandadas por portugueses, contrárias à independência do Brasil. Estas manifestações foram duramente reprimidas pelas tropas imperiais.  

quarta-feira, 13 de abril de 2016

História da Índia

DADOS PRINCIPAIS

ÁREA: 3.287.782 km²

CAPITAL DA ÍNDIANova Délhi

POPULAÇÃO:  1,26 bilhão (estimativa 2014)

MOEDA DA ÍNDIA: rúpia indiana

NOME OFICIAL
: República da Índia (Bharat Juktarashtra). 

NACIONALIDADE: indiana

DATA NACIONAL: 26 de janeiro (Proclamação da República); 15 de agosto (Independência); 2 de outubro (aniversário de Gandhi).

FORMA DE GOVERNO: República Parlamentarista

PRESIDENTE: Pranab Mukherjee

PRIMEIRO-MINISTRO: Manmohan Singh

GEOGRAFIA DA ÍNDIA:

LOCALIZAÇÃO: centro-sul da Ásia

FUSO HORÁRIO:  + 8 h30min em relação à Brasília

CLIMA DA ÍNDIA
: clima de monção (maior parte), clima tropical, equatorial (S), árido tropical (NO), de montanha (N).

CIDADES DA ÍNDIA (PRINCIPAIS)
Mumbai (ex-Bombaim), Calcutá, Nova Délhi; Madras, Bangalore.

COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO:
 indo-arianos 72%, drávidas 25%, mongóis e outros 3%  (censo de 1996).

IDIOMAS: hindi (oficial), línguas regionais (principais: telugu, bengali, marati, tâmil, urdu, gujarati).

RELIGIÃO:  hinduísmo 80,3%, islamismo 11% (sunitas 8,2%, xiitas 2,8%), cristianismo 3,8% (católicos 1,7%, protestantes 1,9%, ortodoxos 0,2%), sikhismo 2%, budismo 0,7%, jainismo 0,5%, outras 1,7% (em 1991).

DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 385,55 hab./km2 (ano de 2014)

CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: 1,2 % ao ano (entre 2010 e 2015)

TAXA DE ANALFABETISMO: 37,2% (ano de 2013).


RENDA PER CAPITA:  US$ 1.618 (ano de 2014).

IDH: 0,609 (Pnud 2014) - índice de desenvolvimento humano médio

ECONOMIA DA ÍNDIA :

Produtos Agrícolas: algodão em pluma, arroz, chá, castanha de caju, juta, café, cana-de-açúcar, legumes e verduras, trigo, especiarias, feijão.

Pecuária: bovinos, ovinos, caprinos, suínos, eqüinos, camelos, búfalos, aves.

Mineração: minério de ferro, diamante, carvão, asfalto natural, cromita.

Indústria
: alimentícia, siderúrgica (ferro e aço), têxtil, química e medicamentos.

PIB: US$ 2,04 trilhões (ano de 2014)

Força de Trabalho: 501,2 milhões de trabalhadores (estimativa 2014)

Consulado da Índia em São Paulo

Av. Paulista, 925, 7o andar - Cerqueira César
São Paulo - SP - CEP 01311-100
tel. (0xx11) 3171-0340 / 3171-0341
fax (0xx11) 3171-0342

Embaixada da Índia

SHIS QL 08, CONJ. 08, CASA 01, Lago Sul - Brasília, DF.
Tel. (061)3248-4006, fax (061) 3248-7849
E-mail: indemb@indianembassy.org.br

RELAÇÕES INTERNACIONAIS:

Banco Mundial, Comunidade Britânica, OMC, FMI, ONU.
história da Índia teve início aproximadamente em 3300 a.C., quando a primeira civilização urbana se formou nos arredores do vale no Rio Indu, que origina o nome do país.
Por volta de 1500 a.C., a Índia foi invadida pelas tribos árias, povos nômades, vindos provavelmente do Irã, que ocuparam a região, dominando a civilização hindu que se formava. Teve início, então, o Período Védico, que durou até 500 a.C.
O período Védico ficou marcado pelas escrituras compiladas de hinos escritos em sânscrito nessa época, que foram chamados de Vedas (saber sagrado). Foram escritos quatro Vedas: Rig-Veda, Yajur-Veda, Sama-Veda e Atharva-Veda. Algumas descrições contidas nos Vedas dão uma noção de como eram a vida e a sociedade, naquela época. Nos últimos anos do século IV, o período Védico se encerrou quando ocorreram transformações no país e surgiram novas religiões e novas ideologias.
O surgimento do budismo (pregado por Buda) e do Jainismo (pregado por Mahavira) no contexto indiano trouxe novas orientações ao hinduismo estabelecido na região. Com a invasão dos turcos, árabes e afegãos, o islamismo foi introduzido naquela região.
Entre os séculos XVII e XIV, Dinastia Mughal reinou na Índia e deixou suas marcas principalmente por sua arquitetura presente ainda hoje em um bairro afastado do centro da cidade de Nova Déli, que, aliás, é chamada de Velha Déli. Um exemplo é o maior mosteiro da Índia, o Jama Masjid, construído a partir de 1644. O Taj Mahal, contrução realizada entre 1630 e 1652, é outro exemplo da arquitetura típica da Dinastia Mughal.
Na época das navegações e da colonização, os portugueses (com Vasco da Gama) foram os primeiros a se estabelecer na Índia, embora não tenham exercido o papel de colonizadores no país.
Já os ingleses, a partir de 1858, utilizaram a Companhia Inglesa das Índias Orientais para se estabelecerem amigavelmente no país, passando então a administrar, através da figura do vice-rei, pouco mais da metade da Índia, o que deu origem ao termo “Índia Britânica”. O restante do país continuava sob a autoridade de governantes hindus ou muçulmanos, geralmente chamados de marajás.
Com o crescimento do sentimento nacionalista disseminado por “Mahatma” (“Grande Alma”) Gandhi, no início do século XX, e com o movimento de “descolonização”, após fim da Segunda Guerra Mundial, em 15 de agosto de 1947, a Inglaterra passou aos indianos a administração das regiões da Índia que governava, e reconheceu tanto a Índia como o Paquistão.
A separação da região governada pela Inglaterra entre a Índia e o Paquistão causou um desentendimento em relação a região da Caxemira, disputada até hoje entre as duas nações. A situação na região é preocupante pelo fato de ambos os países possuirem armas nucleares.
Atualmente, a presidente da Republica da Índia, nome oficial do país, é Pratibha Patil. Ela é a primeira mulher a governar o país.


Brasão de armas da Índia
Brasão de armas da Índia


Família disfuncional

Uma família disfuncional é em que os conflitos, a má conduta e muitas vezes o abuso por parte dos membros individuais ocorrem continuamente e regularmente, fazendo com que outros membros acomodem-se com tais ações. Às vezes, crianças crescem em tais famílias com o entendimento de que tal tipo de convívio é normal. As famílias disfuncionais são principalmente o resultado de adultos codependentes e também podem ver-se afetadas pelos vícios, como o abuso de substâncias (álcool, drogas etc.). Outras origens são os transtornos mentais não tratados e pais que imitam seus próprios pais disfuncionais ou fazem exatamente o contrário do que eles faziam. Em alguns casos, um pai imaturo permitirá que o pai dominante abuse de seus filhos

Exemplos de uma família disfuncional

Membros de uma família disfuncional têm características e comportamentos comuns que são resultado de suas experiências dentro de suas respectivas estruturas familiares. Essas características tendem a reforçar o comportamento disfuncional, tanto através da permissividade quanto da perpetuação delas. A unidade familiar pode ser afetada por uma variedade de fatores.[4]

Características comuns

Quase universais

Estes sintomas ocorrem na maioria das famílias disfuncionais:
  • A falta de empatia, compreensão e sensibilidade para com alguns membros da família, enquanto em outras situações expressa-se uma extrema empatia a outros membros (inclusive animais de estimação), que por sua vez possuem "necessidades especiais" (reais ou percebidas). Em outras palavras, um membro recebe mais mimos e/ou atenção do que merece enquanto outro membro é marginalizado.
  • A negação (a recusa de reconhecer o comportamento abusivo, também conhecido como o "elefante na sala de estar")
  • Limites inadequados ou inexistentes para si próprio (por exemplo,condescendência ao tratamento inadequado dos demais, falha em expressar o que é um tratamento aceitável e inaceitável e tolerância ao abuso emocional, sexual ou físico)
  • A falta de respeito com os limites dos outros (por exemplo, desfazer-se de objetos pessoais pertencentes a outrem, o contato físico desrespeitoso, quebrar promessas importantes sem motivos justos, violar de propósito um limite que outra pessoa determinou)
  • Extremos em conflito (Ou muita discussão agressiva, ou falta de discussão pacífica entre os membros da família)
  • Trato desigual ou injusto de um ou mais membros da família devido à ordem de nascimento, sexo, idade, papel na família (mãe etc.), habilidades, raça, posição econômica etc. (pode frequente incluir frequente apaziguamento de um membro à custa de outros ou uma desigual aplicação das normas)
Embora não universais e em momento algum exclusivos a elas, os seguintes sintomas são típicos de famílias disfuncionais:
  • Níveis anormalmente altos de ciúme ou outros comportamentos controladores
  • Casais divorciados ou separados em conflito constante ou casais que deviam separar-se, mas não o fazem (em detrimento de seus filhos)
  • As crianças têm medo de falar (dentro ou fora da família) sobre o que está sucedendo no lar ou têm medo de seus pais
  • Falta de tempo compartido, especialmente em atividades recreativas e eventos sociais ("Nós nunca fazemos nada como uma família")
  • Comportamento sexual anormal como o adultério, a promiscuidade ou o incesto
  • Membros da família (incluindo as crianças) que renegam uns aos outros e/ou evitam serem vistos juntos em público (tanto unilateralmente quanto bilateralmente)

Exemplos específicos

Em muitos casos, os exemplos seguintes poderiam tornar disfuncional uma família:
  • Famílias com pais mais velhos ou pais imigrantes que não conseguem fazer frente aos novos tempos ou a uma cultura diferente
  • Um pai do mesmo sexo que nunca intercede nas relações pai-filha/mãe-filho em nome da criança
  • Crianças que não têm contato com a família de sua mãe ou seu pai devido a desarmonia, desacordo, preconceitos, inimizade etc
  • Um ou mais filhos não seguem o exemplo com as exigências de ter a mesma orientação sexual (heterossexuais, homossexuais etc.) que de seus pais
  • Em uma família com um filho rebelde, as outros filhos têm que "caminhar sobre cascas de ovo" para evitar a ira de seus pais.
  • Ir além da mera discrepância; um desentendimento intenso entre os membros da família a respeito da religião e/ou ideologias (por ex. os pais apoiam a participação do país na guerra, enquanto os filhos não apoiam)

Criação dos filhos

Sinais não saudáveis de criação

Lista dos sinais de criação insalubres que poderiam levar uma família à disfuncionalidade: [5]
  • Expectativas irrealistas
  • De ridicularizar [6]
  • Amor condicional [6]
  • Falta de respeito; especialmente o desprezo [6]
  • Intolerância emocional (membros da família impossibilitados de expressarem as emoções "incorretas") [6]
  • Disfunção social ou isolamento (por exemplo, os pais não querem acercar-se de outras famílias, especialmente as que têm filhos do mesmo sexo e da mesma faixa etária ou não fazem nada para ajudar aquele filho que não tem nenhum amigo) [6]
  • Discurso de afogado (às crianças não é permitido questionar ou discordar da autoridade de seus superiores) [6]
  • Negação de uma "vida interior" (às crianças não é permitido o desenvolvimento de seu próprio sistema de valores) [6]
  • Ser superprotetor ou subprotetor
  • Preferir uma criança à outra (ou seja, ter um filho favorito, ignorando o outro)
  • Ser apático "Não me importa!"
  • Menosprezar "Você não faz nada direito!"
  • Vergonha "Você devia se envergonhar!"
  • Amargura (independentemente do que é dito,usar um tom de voz amargo)
  • Ser hipócrita "Faça o que eu digo, não o que eu faço"
  • Ser inclemente "Pedir desculpas não adianta nada!"
  • Declarações de juízo ou demonização "Você é um mentiroso!"
  • Ou carência de crítica,ou crítica excessiva (os especialistas dizem que "80-90% de elogio" e "10-20% de crítica construtiva" é o mais saudável) [7] [8] [9]
  • Dar "mensagens mistas" por ter um duplo sistema de valores (ou seja, um jogo para o mundo exterior, outro para o privado, ou o ensino de valores divergentes para cada criança)
  • Pais ausentes (raramente disponível a seus filhos devido à sobrecarga de trabalhoabuso de álcool/drogas, ou vício nos jogos de azar, etc)
  • Projetos, atividades e promessas descumpridos que afetam as crianças "Vamos fazer isso mais tarde"
  • Dar a uma criança o que por direito pertence a outrem
  • Os preconceitos de gênero (tratamento justo de um gênero, tratamento injusto de outro gênero das crianças)
  • Discussão sobre a sexualidade e exposição a ela: sejam estas demasiadas e cedo demais, ou muito pouco e tarde demais
  • Disciplina defeituosa (ou seja, o castigo "surpresa"), baseada mais em emoções ou em políticas arbitrárias de família do que em regras estabelecidas
  • Ter um estado emocional imprevisível devido ao abuso de substâncias, transtorno de personalidade, ou estresse
  • Pais sempre (ou nunca) ficam do lado dos filhos quando os outros relatam atos de mau comportamento ou quando professores relatam problemas na escola
  • Bodes expiatórios (conscientemente ou imprudentemente culpar uma criança pelas malfeitorias de outrem)
  • Diagnóstico com "visão em túnel" dos problemas dos filhos (por exemplo, um pai pode pensar que seu filho é preguiçoso ou tem dificuldades de aprendizagem depois que ele ficar para trás na escola, apesar de recente ausência devido a doença)
  • Um irmão mais velho recebe excessiva ou nenhuma autoridade sobre os irmãos menores com respeito a diferença de idade e nível de maturidade
  • Retenção frequente do consentimento ("benção") do pai para com o filho, que quer tomar parte em atividades culturalmente comuns, legais perante a lei e apropriadas para a idade dele
  • O "sabe-tudo" (não tem: necessidade de obter a versão da história da criança quando acusada ou a necessidade de escutar as opiniões da criança sobre as questões que em grande medida afetam-nas)
  • Forçar regularmente as crianças a realizar atividades das quais estão muito ou pouco qualificadas do que o necessário (por exemplo, utilizando uma pré-escola para cuidar de um menino comum de nove anos de idade, levar uma criança pequena a jogos de pôquer etc)
  • Ser avarento (egoísta) em sua totalidade ou de forma seletiva, fazendo com que as necessidades das crianças não sejam supridas (por exemplo, o pai não compra uma bicicleta para o filho dele porque ele quer economizar dinheiro para a aposentadoria ou "algo importante")
  • Inato ou adquirido (pais, muitas vezes não biológicos, acusam os problemas das crianças de serem hereditários, enquanto a criação defeituosa pode ser a causa real)

Estilos de criação disfuncional

"As crianças como peões"

Isso ocorre quando um dos pais manipula uma criança para conseguir algo do outro pai, em vez de comunicar-se diretamente com eles. Isso pode ser feito através da manipulação verbal, fofocas, tentativa de obter informações através da criança (espionagem pessoal) ou fazer a criança não gostar do outro pai. Não há preocupação nenhuma com os efeitos prejudiciais que esses feitos têm sobre as crianças. Enquanto tal manipulação muitas vezes é prevalente em situações de guarda compartilhada (devido a separação ou divórcio), também pode ocorrer em famílias intactas e é conhecida como triangulação.

Lista de outros estilos de criação disfuncional

  • De uso (pais destrutivamente narcisistas que governam mediante ao medo e amor condicional)
  • De abusar (os pais que usam de violência física ou emocional, ou abusam sexualmente de seus filhos)
  • Perfeccionista (fixar-se na ordem, no prestígio, no poder e/ou nas aparências perfeitas, enquanto previnem que seus filhos falhem em qualquer coisa)
  • Dogmático ou ditatorial (disciplina inflexível e dura, com crianças impedidas de, dentro da razão, dissentir, questionar aautoridade ou desenvolver seu próprio sistema de valores)
  • Parentalidade desigual (ir aos extremos por um filho enquanto continuamente ignora parcialmente ou totalmente as necessidades dos outros)
  • De privação (controlar ou descuidar mediante retenção de amor, apoio, necessidades, simpatia, elogios, atenção, encorajamento, supervisão ou de alguma outra maneira pôr em risco o bem-estar de seus filhos)
  • Abuso entre irmãos (pais deixarem de intervir quando um irmão maior abusa fisicamente ou sexualmente de um irmão menor)
  • De abandono (um pai que voluntariamente se separa de seus filhos, não desejando nenhum tipo de contato e em alguns casos desaparece durante um longo prazo, deixando-os como órfãos pela falta de um responsável)
  • De apaziguamento (pais de família que recompensam o mau comportamento — mesmo pelas suas próprias normas — e inevitavelmente castigam o bom comportamento de outro filho para manter a paz e assim evitar brigas e raivas "Paz a qualquer preço")
  • De manipulação de lealdade (dar prêmios não merecidos e atenção abundante para garantir que um filho favorito, porém rebelde, seja o mais leal e de melhor comportamento, enquanto sutilmente faz pouco caso dos desejos e necessidades dos filhos atualmente mais fiéis)
  • De "pais helicóptero" (os pais que microgerenciam as vidas de seus filhos e/ou as relações entre irmãos — sobretudo os conflitos de menor importância)
  • Dos "impostores" (pais bem considerados na comunidade, suscetíveis a estarem envolvidos em trabalhos de caridade ou sem fins lucrativos, que abusam ou maltratam a um ou mais dos filhos deles)
  • "Administrador da imagem pública" (às vezes relacionado com o anterior, os filhos advertidos a não revelar as brigas, abusos ou danos que ocorrem em casa ou enfrentarão uma penitência grave "Não digam a ninguém o que acontece nesta família!")
  • "O pai paranoico" (um pai que tem um medo persistente e irracional acompanhado por ira e acusações falsas de que seu filho planeja fazer coisas ruins ou outros estão conspirando contra ele)
  • "Amigos não são permitidos" (os pais dissuadem, interferem ou proíbem seu filho de fazer amigos da mesma idade e gênero)
  • De inversão de papéis (os pais que esperam que seus filhos menores de idade cuidem de todos da família no seu lugar)
  • "Não é da conta de vocês" (dizer continuamente às crianças que um irmão ou irmã específico que causa problemas frequentemente não é uma preocupação deles)
  • Ultra-igualitarismo (uma criança muito mais jovem pode fazer qualquer coisa que uma criança mais velha possa ou uma criança mais velha tem de esperar anos até que uma criança mais jovem seja madura o bastante)
  • "O cão de guarda" (um pai que ataca cegamente membros da família caso perceba que algum desses seja causante mesmo do menor mal-estar de seu estimado cônjuge, parceiro ou filho)
  • "Meu bebê para sempre" (uma mãe que não permite que um ou mais dos filhos pequenos dela cresçam e comecem a cuidar de si mesmos)
  • "A animadora de torcida" (um dos pais "aclama" o outro pai enquanto o segundo abusa do filho deles)
  • "Só vim pela parte boa" (um pai relutante, seja este na prática, como um padrasto, adotivo temporário ou permanente que não se preocupa realmente com seu filho não biológico, mas precisam coexistir na mesma casa pelo bem do seu cônjuge ou parceiro)
  • "O político" (um pai que repetidamente faz promessas aos filhos ou está de acordo com as feitas por eles, enquanto tem pouca ou nenhuma intenção de mantê-las)
  • "É tabu" (pais negam qualquer pergunta que os filhos podem ter com respeito à sexualidade, a gravidez, o romance, a puberdade, certas áreas da anatomia humana, nudez etc)
  • Do "paciente identificado" (um filho, usualmente selecionado pela mãe, que é obrigado a ir à terapia, enquanto a disfunção geral da família se mantém oculta)
  • De "síndrome de Münchhausen por procuração" (uma situação muito mais extrema que a anterior, onde o filho é intencionalmente adoecido por um pai que busca atenção dos médicos e outros profissionais)

Dinâmica das famílias disfuncionais

  • O membro isolado da família (um pai ou um filho ir contra o resto da família que seria unida se tais oposições não existissem)
  • Pai contra pai (brigas frequentes entre adultos, sejam casados, divorciados ou separados, que acontecem longe das crianças)
  • A família polarizada (um pai e um ou mais filhos em cada lado do conflito)
  • Pais contra filhos (disparidade de geração ou disfunção de choque cultural)
  • A família "balcanizada" (nomeado em referência à triangular guerra nos Bálcãs, onde as alianças mudavam a todo momento)
  • "Cada um por si" (uma família em que as brigas são "todos contra todos," embora pode se tornar polarizada quando a gama de opções possíveis é limitada)

As crianças em famílias disfuncionais

Ao contrário do divórcio e em menor medida, a separação, muitas vezes não há nenhum registro de que uma família "intacta" é disfuncional. Assim, amigos, parentes e professores dessas crianças podem estar completamente inconscientes da situação. Além disso, uma criança pode ser injustamente acusada da disfunção da família e colocada sob um estresse maior do que daquelas cujos pais são separados.

Os seis papéis básicos

Sabe-se que as crianças que crescem numa família disfuncional adotam um ou mais destes seis papéis básicos apresentados abaixo:
  • O Filho Bom (também conhecido como o herói): Um filho que assume o papel dos pais.
  • O Filho Problemático ou Rebelde (também conhecido como o bode expiatório): Um filho que é culpado da maioria dos problemas disfuncionais da família, apesar de ser muitas vezes o único emocionalmente estável na família
  • O/A Zelador(a): Aquele que assume a responsabilidade do bem-estar emocional da família
  • A Criança Perdida: Um filho que é inconspícuo e quieto cujas necessidades são normalmente ignoradas ou escondidas
  • O Mascote: Um filho que usa da comédia para distrair os demais dos problemas familiares
  • O Cérebro: Um filho que se torna oportunista, acumulando erros de seus parentes para chantageá-los e conseguir o que bem deseja. Muitas vezes o objeto de apaziguamento dos adultos

Efeitos sobre as crianças 

Crianças de famílias disfuncionais, seja no momento ou à medida que crescem, podem:[11]
  • carecer da habilidade de serem brincalhões ou simplesmente serem crianças e podem "crescer rápido demais"; contrariamente, podem crescer lento demais ou ter uma mistura de características (por ex. bom comportamento, mas incapaz de cuidar de si mesmos)
  • ter moderados a graves problemas de saúde mental, incluindo uma possível depressãoansiedade[12] e pensamentos suicidas
  • tornar-se viciadas em tabacoálcool e/ou drogas, especialmente se os pais ou amigos fizeram o mesmo
  • intimidar ou perseguir os outros ou ser uma vítima fácil disso (possivelmente tendo um papel duplo em diferentes contextos)
  • estar em negação sobre a gravidade da situação da família
  • ter sentimentos oscilantes entre amor e ódio para com alguns membros da família
  • tornar-se delinquentes sexuais, possivelmente incluindo pedofilia[13]
  • ter dificuldade em formar relacionamentos saudáveis dentro de seu grupo de pares (geralmente devido à timidez ou um transtorno de personalidade)
  • gastar uma quantidade excessiva de tempo sozinhas, assistindo à televisão, jogando jogos eletrônicos, navegando na Internet, escutando música e outras atividades que carecem de interação social em pessoa
  • sentir-se irritadas, ansiosas, isoladas dos outros, depressivas ou sem valor
  • ter um distúrbio da fala (relacionado ao abuso emocional)[14]
  • desconfiar dos outros ou até ter paranoia
  • tornar-se delinquentes juvenis e ir para a vida do crime (desistindo ou não da escola) e, possivelmente, tornar-se membros de gangues também
  • ter dificuldades acadêmicas na escola ou diminuir o rendimento escolar inesperadamente
  • ter baixa autoestima ou uma autoimagem com dificuldades de expressar emoções
  • rebelar-se contra a autoridade dos pais ou,contrariamente, sustentar os valores de sua família frente à pressão de seus semelhantes ou até tentar estar em um impossível meio termo que agrada a ninguém
  • pensar somente em si mesmas para compensar a diferença de suas infâncias(já que ainda estão aprendendo a equilibrar seu amor-próprio)
  • ter pouca autodisciplina quando os pais não estão presentes, tal como o gasto compulsivo, deixar deveres etc para a última hora (procrastinação), entre outros (punições e consequências desconhecidas e aparentemente não tão severas no “mundo lá fora” em comparação com punições e consequências já conhecidas que vêm dos pais, dentro de casa)
  • encontrar um cônjuge ou namorado (frequentemente abusivos) de idade muito baixa (especialmente mulheres), e/ou fugir de casa
  • entrar em uma seita para encontrar a aceitação que nunca tiveram em casa ou, no mínimo, para sustentar crençasfilosóficas/religiosas distintas das quais lhes foram ensinadas
  • engravidar e/ou tornar-se pais de filhos ilegítimos
  • estar em risco de tornarem-se pobres ou sem-teto, mesmo que a família seja rica ou de classe média
  • ter comportamentos autodestrutivos ou potencialmente auto prejudiciais
  • esforçar-se (enquanto jovens adultos) para morar longe de alguns ou todos os membros da família
  • perpetuar os comportamentos disfuncionais em outras relações (principalmente com seus próprios filhos)