quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Independência do Brasil

O feriado de 07 de setembro é uma homenagem ao dia da Proclamação de Independência do Brasil. A seguir, leia um resumo sobre a Independência, e saiba quais foram as causas e as consequências deste processo histórico. 

Resumo: Independência do Brasil

A Proclamação da Independência do Brasil aconteceu no dia 07 de setembro do ano 1822, pelo príncipe regente D. Pedro I, filho de D. João VI.

Antecedentes e causas da Proclamação da Independência

Independência do Brasil resumo
D. João VI
  • Família real portuguesa no Brasil
  • Fim do Período Napoleônico
  • Pressão para recolonização do Brasil e volta de D. João VI a Portugal
  • Fortalecimento do movimento republicano e abolicionista no Brasil
  • Conflito entre os interesses de portugueses e brasileiros
A família real veio ao Brasil durante o Período Napoleônico. Com o fim do Período Napoleônico na Europa, em 1815, os portugueses queriam que o imperador voltasse a Portugal. D. João VI tornou o Brasil um reino unido de Portugal e Algarves. Ou seja, nosso país deixou de ser uma colônia, o que conflitava com os interesses de Portugal.
Com a permanência de D. João VI, o movimento republicano e abolicionista começou a ganhar força. Dentro do movimento, houve a Revolução Pernambucana (1817), que era contra o governo português, e a favor da República.
Os portugueses, não satisfeitos com a permanência D. João VI no Brasil, lideraram a Revolução Liberal do Porto (1820). A burguesia liberal de Portugal exigia a fundação de uma Monarquia Constitucional, a volta da família real e a recolonização do Brasil.

A História da Independência do Brasil – Período Regencial

Com a pressão dos portugueses para a volta de D. João VI a Portugal, o imperador nomeou seu filho Pedro de Alcântara como regente do Brasil (1821-1822), e voltou a Portugal.
Havia duas frentes políticas no Brasil, uma a favor de uma revolução republicana liberal abolicionista, e outra conservadora, formada pela elite agrária. A solução era declarar aindependência, mas manter as estruturas tradicionais.
O que foi o “Dia do Fico”?
Independência do Brasil Resumo
Em janeiro de 1822, D. Pedro recebeu um ultimato para retornar a Portugal, e proclamou a Independência do Brasil dizendo Se for para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico”. “Independência ou Morte”. O evento ficou conhecido como “Grito do Ipiranga”.

Período Pós Independência do Brasil – Primeiro Reinado

Independência do Brasil resumo
Bandeira do Império do Brasil
  • Constituição “Liberal” de 1824 foi outorgada
  • Governo autoritário de D. Pedro I (Poder Moderador)
  • Confederação do Equador
  • Reconhecimento da Independência em 1825
  • Crise econômica
A disputa pelo poder entre portugueses e brasileiros não se encerrou em 7 de setembro de 1822. D. Pedro I, o príncipe que proclamou a Independência do Brasil, foi expulso pouco tempo depois, em 1831.
Constituição de 1824 foi outorgada (imposta) no Brasil. Entre as principais características da primeira constituição, havia a criação do Poder Moderador, que dava ao imperador o direito de interferir no Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. A reação foi sangrenta, e a Confederação do Equador foi à guerra contra o rei.
Portugal reconheceu a Independência do Brasil apenas em 1825 pelos Estados Unidos com o apoio da chamada “Doutrina Monroe”. D. Pedro I perdeu a Guerra Cisplatina, que originou o Uruguai. O imperador foi chamado de déspota incompetente em meio à profunda crise econômica da época.
D. Pedro I era apoiado apenas pela elite portuguesa. Após a “Noite das garrafadas”, abdicou o trono (1831).

Período joanino

Período Joanino


O período joanino corresponde a uma fase da história do Brasil que ocorreu entre os anos de 1808 e 1821. Recebe esse nome em referência ao rei D. João VI que transferiu seu governo para o Brasil.
Vale notar que essa foi a primeira vez na história que um rei europeu transferiu seu reino para um país do continente americano.

Resumo

Em janeiro de 1808 e com o apoio da Inglaterra, a família real portuguesa chegou ao Brasil. Cerca de 15 mil pessoas vieram com eles, o que totalizou cerca de 2% da população portuguesa da época. Eles se instalaram na capital do Rio de Janeiro e permaneceram durante 12 anos ali.
Ameaçados pela invasão do francês Napoleão Bonaparte, a família Real deixou Portugal para garantir que o país continuasse independente.
Isso porque Napoleão decretou o Bloqueio Continental em 1806, determinando o fechamento dos portos aos navios ingleses.
Portugal, que apoiava a Inglaterra e tinha grande relação comercial com esse país, não se submeteu ao bloqueio. Isso levou a invasão de Napoleão às terras lusitanas.
Sendo assim, em outubro de 1807, D. João e o rei da Inglaterra Jorge III, assinaram um decreto que transferia a sede monárquica de Portugal para o Brasil.
Além disso, Portugal se comprometia a assinar um tratado de comércio com a Inglaterra, quando chegasse ao Brasil.
Foi dessa maneira que em 1808 o Pacto Colonial, um acordo comercial entre a colônia e a metrópole, chega ao fim. Nesse ano, Dom João instituiu a “Carta Régia”, a qual permitia a abertura dos portos a outras nações amigas, inclusive a Inglaterra.
Diante disso, a economia do país alavancou, no entanto, impediu o desenvolvimento das manufaturas no Brasil. Isso porque grande parte dos produtos eram importados da Inglaterra.
Os produtos ingleses tinham uma menor taxa alfandegária em relação aos outros países. Eles pagavam 15%, enquanto as outras nações cerca de 24%.
Além da economia, o país, e sobretudo a capital, que até então era o Rio de Janeiro, sofreram diversas mudanças.
Muitas obras de caráter público foram erigidas nesse período, por exemplo, a casa da moeda, o banco do Brasil, o jardim botânico, dentre outras.

A Educação no Período Joanino

Na educação e na cultura, esse período marcou diversos avanços nessas áreas. Isso porque muitos investimentos foram feitos, o que podemos confirmar com a construção da Biblioteca Real, da Academia Real de Belas Artes, da Imprensa Real, além das escolas de medicina.

Período Joanino e a Independência do Brasil

Esse período da história do Brasil influenciou diretamente no processo de independência do país.
Isso porque em 1815 a administração do governo joanino extingui a condição de colônia ao Brasil. Foi assim que o páis recebeu o título de “Reino Unido de Portugal e Algarves”, tornando-se a sede administrativa de Portugal.
Esse fato deixou muito descontentes os portugueses que estavam em Portugal. Com isso, eles exigiam o retorno de Dom João IV, que por fim, retorna à Portugal para a Revolução Liberal do Porto, em abril de 1821. Esse evento marcou o fim do período joanino.
Em seu lugar permanece seu filho, Dom Pedro I. O príncipe regente governou o país de 1822 a 1831, estabelecendo em 1824, a primeira Constituição do país.
Quando Portugal exigiu seu retorno, ele se recusou a voltar para a metrópole. Sendo assim, no dia 07 de setembro de 1822, ele declara a Independência do Brasil.

Fenícios

Os fenícios localizavam-se na porção norte da Palestina, onde hoje se encontra o Líbano. Os povos originários dessa civilização são os semitas que, saindo do litoral norte do Mar Vermelho, fixaram-se na Palestina realizando o cultivo de cereais, videiras e oliveiras. Além da agricultura, a pesca e o artesanato também eram outras atividades por eles desenvolvidas.
A proximidade com o mar e o início das trocas agrícolas com os egípcios deu condições para que o comércio marítimo destacasse-se como um dos mais fortes setores da economia fenícia. Ao longo da faixa litorânea por eles ocupada surgiram diversas cidades-Estado, como Arad, Biblos, Tiro, Sídon e Ugarit. Em cada uma dessas cidades um governo autônomo era responsável pelas questões políticas e administrativas.

O poder político exercido no interior das cidades fenícias costumava ser assumido por representantes de sua elite marítimo-comercial. Tal prática definia o regime político da fenícia como uma talassocracia, ou seja, um governo comandado por homens ligados ao mar. Em meados de 1500 a.C. a atividade comercial fenícia intensificou-se consideravelmente fazendo com que surgisse o interesse pela dominação de outros povos comerciantes.

No ano de 1400 a.C.os fenícios dominaram as rotas comerciais, anteriormente controladas pelos cretenses, que ligavam a região da Palestina ao litoral sul do Mediterrâneo. Na trajetória da civilização fenícia, diferentes cidades imprimiam sua hegemonia comercial na região.

Por volta de 100 a.C. – após o auge dos centros urbanos de Ugarit, Sídon e Biblos – a cidade de Tiro expandiu sua rede comercial sob as ilhas da Costa Palestina chegando até mesmo a contar com o apoio dos hebreus. Com a posterior expansão e a concorrência dos gregos, os comerciantes de Tiro buscaram o comércio com regiões do Norte da África e da Península Ibérica.

Todo esse desenvolvimento mercantil observado entre os fenícios influenciou o domínio e a criação de técnicas e saberes vinculados ao intenso trânsito dos fenícios. A astronomia foi um campo desenvolvido em função das técnicas de navegação necessárias à prática comercial. Além disso, o alfabeto fonético deu origem às línguas clássicas que assentaram as bases do alfabeto ocidental contemporâneo.

No campo religioso, os fenícios incorporaram o predominante politeísmo das sociedades antigas. Baal era o deus associado ao sol e às chuvas. Aliyan, seu filho, era a divindade das fontes. Astarteia era uma deusa vinculada à riqueza e à fecundidade. Durantes seus rituais, feitos ao ar livre, os fenícios costumavam oferecer o sacrifício de animais e homens.

 Irany santos é graduado em história e filosofia,mestre em educação e doutorando em ciência da educação.Professor da rede educacional adventista,faculdade de teologia do Brasil e Esbam.

Persas

A civilização persa foi uma das mais expressivas civilizações da Antiguidade. A Pérsia situava-se a leste da Mesopotâmia, num extenso planalto onde hoje corresponde ao Irã, localizado entre o golfo Pérsico e o mar Cáspio.  Ao contrário das regiões vizinhas, possuía poucas áreas férteis. Esta civilização estabeleceu-se no território por volta de 550 a.C.. Através de Ciro,  que era um príncipe persa, realizou a dominação do Reino da Média e, assim, deu início à formação de um bem-sucedido reinado que durou cerca de vinte e cinco anos. Nesse período, este talentoso imperador também conquistou o reino da Lídia, a Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões gregas da Ásia Menor e a Babilônia.

O processo de expansão iniciado por Ciro foi continuado pela ação do imperador Dario, que dominou as planícies do rio Indo e a Trácia. Nesse momento, dada as grandes proporções assumidas pelo território persa, Dario viabilizou a ordenação de uma geniosa reforma administrativa. Pelas mãos de Dario, os domínios persas foram divididos em satrápias, subdivisões do território a serem administrados por um sátrapa.

Persas


Mosaico representando os exércitos persas.
O planalto do Irã, região montanhosa e desértica, situada a leste do Crescente Fértil, entre a Mesopotâmia e a Índia, foi povoado pelos medos e pelos persas.
A princípio, os persas eram dominados pelos medos. Essa situação se inverteria por volta de 550 a.C. Nessa época, sob o comando de Ciro, os persas dominaram os medos e passaram a controlar a região.
Os persas conquistaram ainda outros povos que viviam nas proximidades do planalto do Irã, impondo a todos a mesma administração. Eles acabaram por construir um vasto império. Seu território compreendia a Ásia Menor, a Mesopotâmia e uma parte da Ásia Central.
Esses domínios seriam ainda ampliados nos governos posteriores a Ciro: Cambises conquistou o Egito em 525 a.C.; Dario I dominou a Ásia até o vale do rio Indo e também uma pequena parte da Europa, onde se localizavam algumas colônias gregas.
Dario e depois seu sucessor, Xerxes, tentaram conquistar ainda a região da atual Grécia, mas fracassaram. Em 330 a.C., o Império Persa foi conquistado por Alexandre Magno, da Macedônia.

A formação do império persa

Ciro inaugurou o chamado império persa. Com o aumento da população, houve a necessidade da expansão geográfica.
Ciro, o Grande (560-530 a.C.), tornou-se rei dos medos e persas, após haver conquistado Ecbátana e destronado Astíages (555 a.C.). Conquistou também a Babilônia (539 a.C.). O império ia desde o Helesponto até as fronteiras da Índia.
Ciro não proibia as crenças nativas dos povos conquistados. Concedia alguma autonomia  para as classes altas, que governavam as regiões dominadas pelos persas, mas exigia, em troca, homens para seu exército, alimentos e metais preciosos. Ciro morreu em 529 a.C.
Cambises , filho e sucessor   de Ciro, iniciou uma difícil campanha militar contra o Egito, em 525 a.C., finalmente vencida pelos persas na batalha de Pelusa. Nessa época o império persa abrangia o mar Cáspio, o mar Negro, o Cáucaso, grande parte do Mediterrâneo oriental, os desertos da África e da Arábia, o golfo Pérsico e a Índia. Cambise pretendia estender seus  domínios até Cartago, mas não conseguiu levar esse plano adiante por causa de violenta luta interna pelo poder.
A luta pelo poder prosseguiu após a morte de Cambises. Dario, parente distante de Cambises, aliou-se a fortes setores da nobreza, tomou o trono e iniciou uma nova era na história da Pérsia.

Ciro, o grande (imperador persa)

A organização do império

Os povos dominados pelos persas podiam conservar seus costumes, suas leis, sua religião e sua língua. Eram obrigados, porém, a pagar tributos e a servir o exército persa.
Dario procurou organizar o império dividindo-o em províncias e nomeando pessoas de sua confiança para governá-las. Para facilitar a comunicação entre as províncias, foram construídas diversas estradas, entre elas a Estrada Real. Com mais de 2 mil quilômetros de extensão, essa estrada ligava as cidades de Susa e Sardes. Por ela passavam os correios reais, o exército e as caravanas de mercados.
A riqueza para sustentar esse enorme império era fornecida por camponeses livres, que viviam em comunidades e pagavam impostos ao imperador. Havia também o trabalho escravo, mas a maioria dos trabalhadores não pertencia a essa categoria.

Metafísica

Metafísica é uma palavra com origem no grego e que significa "o que está para além da física". É uma doutrina que busca o conhecimento da essência das coisas.
O termo metafísica foi consagrado por Andrônico de Rodes a partir da ordenação dos livros aristotélicos referidos à ciência dos primeiros princípios e primeiras causas do ser.
Para Aristóteles a metafísica é, simultaneamente, ontologia, filosofia e teologia, na medida em que se ocupa do ser supremo dentro da hierarquia dos seres. Neste sentido, foi recolhida pela filosofia tradicional até Kant, que se interrogou sobre a possibilidade metafísica como ciência.
A interpretação da metafísica como estudo do "sobrenatural" é de origem neoplatônica. A tradição escolástica identificou o objeto de estudo da metafísica com o da teologia, ainda que tenha distinguido as duas pelos métodos usados: para explicar Deus, a metafísica recorre à razão e a teologia à revelação.
Na Idade Moderna, ocorre uma clara separação entre a concepção aristotélica e a neoplatônica: a metafísica como ontologia se converte em teoria das categorias, teoria do conhecimento e teoria da ciência (epistemologia); como ciência do transcendental, se converte em teoria da religião e das concepções do mundo.
No século XVIII a metafísica era considerada equivalente a uma explicação racional da realidade e no século XIX à pura especulação perante o caráter positivo das ciências. A partir de Heidegger e Jaspers, os pensadores interessados na problemática do ser se esforçaram por elaborar uma noção de metafísica factível e atual.
A obra A Fundamentação da Metafísica dos Costumes, da autoria de Kant (um importante nome no estudo da metafísica) aborda a problemática da moralidade humana.

Metafísica da saúde

A metafísica da saúde consiste em um recurso de autoajuda, que determina que muitas das doenças vividas pelas pessoas resultam de determinados padrões de comportamento e pensamento. A metafísica da saúde não se trata de adivinhação, mas é fruto de estudos e pesquisas para designação das doenças causadas por desequilíbrios emocionais.
Existe uma coleção de livros intitulada "Metafísica da Saúde", da autoria de Valcapelli e Gasparetto.

Pintura metafísica

Movimento pictórico desenvolvido na Itália, entre 1916 e 1921, que significou sobretudo uma crise do futurismo, e iniciado fortuitamente por G. de Chirico, A. Savinio, Carrà e de Pisis, que se encontraram no hospital militar de Ferrara. Os princípios da sua poética, enunciada por Savinio, são a "espectralidade" e a ironia. Daí a representação de um mundo inquietante e absurdo, com objetos esquematizados situados em cenários insólitos, com construções de perspectiva exagerada e sem nenhuma relação com a realidade.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Desigualdade na África

WASHINGTON, 7 de Outubro 2013 – O crescimento económico na África Subsariana (ASS) continua forte, com previsões de 4,9% para 2013. Quase um terço dos países da região estão a crescer a uma taxa de 6% e mais, e os países africanos aparecem agora habitualmente entre os países de mais rápido crescimento do mundo, de acordo com a nova edição de Africa’s Pulse (O Pulsar de África) uma análise publicada semestralmente pelo Banco Mundial sobre temas ligados às perspectivas económicas de África. 
Estimulado pelo crescimento do investimento privado na região e por remessas que atingem agora USD 33 mil milhões por ano, apoiando os orçamentos das famílias, o PIB em África continuará a subir para 5,3% em 2014 e 5,5% em 2015. Fortes investimentos por parte dos governos e maiores produções nos sectores dos recursos minerais, agricultura e serviços, estão a apoiar o crescimento económico. 
Enquanto as taxas de crescimento continuam a subir, tornando a região cada vez mais atraente para o investimento e o turismo, Africa’s Pulse chama a atenção para que a pobreza e a desigualdade se mantêm “inadmissivelmente elevadas e o ritmo da sua redução demasiado lento.” Quase um em cada dois africanos vive actualmente em pobreza extrema. Optimisticamente, essa taxa irá cair para uma cifra entre 16% e 30% até 2030. O relatório sugere que em 2030, a maioria dos pobres do mundo serão habitantes de África.
Sustentar, a longo prazo, o forte crescimento de África, reduzindo simultaneamente e de forma significativa a pobreza e reforçando a resiliência à adversidade das pessoas, poderá ser uma tarefa difícil devido às muitas incertezas, internas e externas que os países africanos enfrentam “ diz Makhtar Diop, Vice-presidente do Grupo Banco Mundial para África. “Em África, os desastres naturais, como as secas e as inundações estão a ocorrer com maior frequência, e simultaneamente continua presente a ameaça de conflitos, com recentes eventos na República Centro Africana e no Mali a reforçar a necessidade de paz, segurança e desenvolvimento. É por isso que o Grupo Banco Mundial empenhou mil milhões de USD, em Maio deste ano, para ajudar a levar de novo a paz e o desenvolvimento à Região dos Grandes Lagos de África, através d melhores serviços de saúde e educação, mais empregos e comércio transfronteiras entre os países da zona, e mais electricidade. Levaremos esta mesma mensagem de paz, segurança e desenvolvimento aos países do Sahel, no decorrer das próximas semanas.”
Em resultado da crise financeira global e a constante volatilidade climática no continente, um número crescente de países africanos está a criar redes de segurança social para proteger a saúde e a subsistência dos mais pobres e vulneráveis, em períodos de adversidade. Africa’s Pulse refere que as redes de segurança social podem proteger as famílias dos efeitos mais nefastos das crises e também contribuem para o crescimento, permitindo aos cidadãos aumentarem os seus rendimentos.
O crescimento de África assenta num forte investimento privado. A formação bruta de capital fixo na região tem vindo a aumentar gradualmente de cerca de 16,4% do PIB em 2000 para cerca de 20,4% em 2011. O aumento do investimento tem contribuído directamente para o crescimento económico e ajudado também a incrementar a capacidade produtiva da economia da região.
Cada vez mais projectos de infra-estruturas estão receber financiamento de outras fontes, como a China mas também, e cada vez mais, do Brasil e da Índia, segundo indica a análise.
Traduzir o crescimento num grau de pobreza muito menor
Apesar de um forte crescimento, os progressos de África para conseguir que o crescimento se traduza numa pobreza consideravelmente menor, tem sido lento e prejudicado por grandes desigualdades.
África cresceu, na última década, mais depressa que a maioria das outras regiões, mas o impacto na pobreza está muito abaixo do que desejaríamos. O crescimento em África não tem tido tanta capacidade para reduzir a pobreza como seria de desejar, devido aos níveis elevados de desigualdade. O crescimento com equidade é possível, mas requer uma redução das desigualdades, tanto em resultados como em oportunidades,” diz Francisco Ferreira, Economista Chefe Interino para a Região África do Banco Mundial.
Os destinos turísticos continuam a prosperar em toda a África: a entrada de turistas na região subiu 4% em comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os destinos para os quais estão disponíveis dados trimestrais, os de melhor desempenho foram Cabo Verde (mais 18%), seguido das Seicheles (mais 13%), África do Sul (mais 4%), Suazilândia (mais 2%), e Maurícias (mais 1%).
Africa’s Pulse refere que as exportações da África Subsariana se têm mantido concentradas num número reduzido de produções, como o petróleo, metais e minerais. Em toda a região os países têm vindo a diversificar os seus parceiros comerciais, e os países BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China – representam agora 36% das exportações da região. Estas exportações atingiram USD 144 mil milhões em 2012, quase ao mesmo nível das exportações de África para a União Europeia e para os Estados Unidos que somaram USD 148 mil milhões.
Mas uma elevada dependência de uma ou de poucas matérias-primas torna os países ricos em recursos de África vulneráveis a bruscas oscilações no preço desses produtos,” diz Punam Chuhan-Pole, Economista Principal do Banco Mundial para a Região África, e autor do relatório Africa’s Pulse
A Região precisa de melhores estatísticas 
De acordo com Africa’s Pulse, à medida que o continente se aproxima do centro do palco na luta global contra a pobreza, os países precisarão de investir no melhoramento da sua débil capacidade estatística, para melhor poderem identificar e dar resposta às suas estimativas de pobreza e de contabilidade nacional.
 Estatísticas fiáveis, regulares, são essenciais para aferir o progresso no desenvolvimento e fazer análise política, mas em África as estatísticas são escassas, razão pela qual o Banco Mundial está a duplicar o seu apoio aos países para melhorarem a qualidade e a frequência dos seus dados e estatísticas.
O novo relatório afirma que a tecnologia pode ajudar. Por exemplo, a proliferação de telefones móveis na África Subsariana poderia ser utilizada para recolher, com grande frequência, dados actualizados sobre as famílias, o que por seu turno pode ser usado para calcular tendências de pobreza. Estatísticas agrícolas, como resultados das colheitas, podiam ser melhoradas com aparelhos manuais e económicos de GPS (Global Positioning System).

domingo, 27 de agosto de 2017

Republica no Brasil

República Velha é a denominação dada à primeira fase da República brasileira, que se estendeu da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 até a Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas.
Tradicionalmente, a República brasileira é dividida em:
  • República Velha (1889-1930)
  • República Nova ou Era Vargas (1930-1945)
  • República Contemporânea (1945 até nossos dias)

Primeiro Período da República Velha (1889-1894)

O primeiro período da República Velha ficou conhecido como República da Espada, em virtude da condição militar dos dois primeiros presidentes do Brasil: "Deodoro da Fonseca" e "Floriano PeixotoNo dia seguinte à proclamação organizou-se no Brasil um Governo Provisório, chefiado por Deodoro da Fonseca, que deveria dirigir o país até que fosse elaborada uma nova Constituição.
A primeira Constituição Republicana foi promulgada pelo Congresso Constituinte no dia 24 de fevereiro de 1891. No dia seguinte, o congresso elegeu o Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891) - o primeiro presidente do Brasil e o vice Floriano Peixoto.
O novo governo trazia inúmeras divergências entre civis e militares. Contra Deodoro já havia uma forte oposição no Congresso.
Assim, no dia 3 de novembro, Deodoro dissolveu o Congresso, que de imediato organizou um contragolpe. Deodoro renunciou e entregou o poder ao vice-presidente Floriano Peixoto.
Floriano Peixoto (1891-1894) assumiu o cargo apoiado de uma forte ala militar. A dissolução do Congresso foi suspensa. A constituição determinava que fosse convocada novas eleições, o que não ocorreu.
Com essa atitude, Deodoro teve que enfrentar as revoltas das fortalezas de Lage e a de Santa Cruz, a Revolta Federativa e a Revolta da Armada, que causou 10.000 mortos.
Floriano governou pela força, recebendo o apelido de “Marechal de Ferro”.
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Segundo Período da República Velha (1894-1930)

O segundo período da República Velha ficou conhecido como “República das Oligarquias”, por ser dominada pela aristocracia dos fazendeiros.
Na sucessão presidencial alternavam-se presidentes paulistas e mineiros. Nesse período apenas três presidentes eleitos (Hermes da Fonseca, Epitácio Pessoa e Washington Luís) não procediam dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo.
Para saber mais: Política do Café com Leite

Presidentes da República

Segue abaixo os presidentes que fizeram parte da República Velha, após a República da Espada, liderada pelos militares: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto

Prudentes de Morais (1894-1898)

Foi o primeiro presidente civil da República. Assumiu o mandato em intensa agitação política. O “coronelismo”, poder político que existiu desde o império, teve seu apogeu na República Velha.
Os coronéis, cujos títulos eram reminiscentes dos tempos da Guarda Nacional, eram chefes políticos que influenciavam as mais altas decisões da administração federal.
O problema mais grave do governo de Prudente de Morais foi a “Guerra de Canudos” (1896 e 1897).
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Campos Sales (1898-1902)

Fez um acordo com as oligarquias agrárias, conhecido como “Política dos Governadores”, que consistia numa troca de favores e assim, só os candidatos de situação ganhavam as eleições.

Rodrigues Alves (1902-1906)

Urbanizou e saneou o Rio de Janeiro, enfrentou a Revolta da Vacina, o Convênio de Taubaté e a questão do Acre. Rodrigues Alves foi reeleito em 1918, mas faleceu antes de tomar posse.
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Afonso Pena (1906-1909)

Realizou melhorias na rede ferroviária, com a ligação de São Paulo e Mato Grosso, modificou as Forças Armadas, estimulou o desenvolvimento da economia do país e incentivou a imigração.
O presidente faleceu antes de completar o mandato e foi substituído pelo vice Nilo Peçanha.

Nilo Peçanha (1909-1910)

Criou o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), substituído, em 1967, pela FUNAI.

Hermes da Fonseca (1910-1914)

Teve um governo marcado por convulsões sociais e políticas, tais como a “Revolta da Chibata”, a “Revolta dos Fuzileiros Navais”, a “Revolta do Juazeiro” e a “Guerra do Contestado”.
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Venceslau Brás (1914-1918)

Seu mandato coincidiu com o período da Primeira Guerra Mundial, da qual o Brasil participou, lutando contra a Alemanha.
Em seu governo foi promulgado o “Código Civil Brasileiro”. Nessa época, a gripe espanhola fez vítimas no Brasil.
Para saber mais: Venceslau Brás.

Epitácio Pessoa (1918-1922)

Em seu governo foram realizadas obras para combater aseca no Nordeste, fez reformas no Exército e promoveu a construção de ferrovias.
Nessa época cresceram as insatisfações contra a política do café com leite, como ficou conhecida a eleição de candidatos de São Paulo e Minas Gerais.
Em 1922 ocorreu a Revolta do Forte de Copacabana. O Modernismo explodiu o Brasil com a Semana de Arte Moderna.
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Artur Bernardes (1922-1926)

Governou todo o período em estado de sítio, para fazer frente às agitações políticas e sublevações de caráter tenentista. A situação econômica era crítica, inflação e queda no valor das exportações.
Durante esse período, sob o comando de Luís Carlos Prestes, a tropa revolucionária – que pretendia derrubar as oligarquias – percorreu mais de 20.000 km pelo interior do País.
Para saber mais: Ten

Washington Luís ( 1926-1930)

O presidente tentou dar impulso à economia, construindo estradas, como a Rio-São Paulo e a Rio-Petrópolis. Foi deposto pela Revolução de 1930, pondo fim a política do café com leite.